Com cerca de 8 milhões de votos, sociedade exige constituinte do Sistema Político

Foram quase 8 milhões de votos. Para ser mais preciso, 7.754.436 de pessoas votaram no Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. Quase a população inteira de Portugal. 

Destes, 97,05% disseram querer uma reforma do sistema político, ao votarem “Sim” entre a semana do dia 1 ao dia 7 de setembro.

O resultado do Plebiscito Constituinte foi divulgado na tarde desta quarta-feira (24), durante uma coletiva de imprensa na cidade de São Paulo. 

“Vitória” e “comemoração” foram as principais palavras ditas por João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST, e Vagner Freitas, presidente nacional do Central Única dos Trabalhadores (CUT).

“Esse resultado demonstra o acúmulo e o trabalho que foi feito nesses meses, tanto no ponto de vista do trabalho pedagógico, organizativo e de apresentar uma proposta do que queremos à sociedade brasileira”, disse João Paulo.

Para ele, os quase 8 milhões de votos demonstram que a sociedade quer fazer mudança no sistema político. “Esse resultado é muito mais preciso do que essas pesquisas de eleições do estilo Ibope e Data folha, porque essa foi feita com quase 8 milhões que colocaram sua posição sobre o assunto”, ironizou. 

Vagner Freitas avalia que os 8 milhões demonstram que há caldo na sociedade para fazer as mudanças necessárias. “A única forma de fazermos nossa proposta andar é pressionarmos organizadamente; por dentro do congresso e por fora, e absolutamente nas ruas, ganhando a consciência popular das pessoas à nossa proposta”.

Segundo João Paulo, esse resultado é fruto das mobilizações de ruas que aconteceram nos últimos anos no Brasil, “de um processo de manifestação e luta. Quem foi às ruas disse: ‘queremos mudanças’; e com essa forma de representatividade não será possível”.

Ao todo, foram abertas mais de 40.000 urnas em todo o país, que contou com a participação de mais de 450 organizações sociais, resultando na construção de mais de 2.000 Comitês Populares organizados em todos os estados da federação. 

Entre os dias 14 e 15 de outubro, as organizações sociais envolvidas no processo realizarão uma Plenária Nacional em Brasília com cerca de 2 mil pessoas, quando entregarão o resultado final aos três poderes nacionais. 

Para João Paulo, os próximos passos será uma combinação de lutas sociais com campanha política e pedagógica junto à sociedade sobre qual é o melhor modelo de constituinte, para pressionar o Congresso a convocar um plebiscito oficial. 

A voz do silêncio

Vagner Freitas lembrou da blindagem de informação realizado pelos principais meios de comunicação convencionais durante toda a campanha. Para ele, o que aconteceu foi um processo de “desinformação, e o povo brasileiro tem o direito de ter a informação para formar sua opinião”, disse ao apontar a extrema necessidade de democratizar os meios de comunicação. 

Na mesma linha, Ricardo Gebrim, da secretaria operativa nacional do plebiscito, acredita que a campanha conseguiu pautar um tema que “evidentemente nossa classe dominante não quer e não aceita discutir”. 

Para ele, “é sintomático a ausência e ignorância da grande imprensa ao longo da campanha. Ao longo das eleições os principais candidatos à presidência votaram no plebiscito. É evidente que isso é um fato jornalístico em qualquer parte do mundo. Artistas, personalidades de renomes votaram, no entanto, eles ignoraram completamente”. 

Nesse sentido, Gebrim acredita que esse bloqueio midiático não foi em vão. “Essa ignorância não é casual, ela é um ato deliberado que expressa que não é de interesse da classe dominante. A classe dominante está contente com o sistema político, ela é beneficiária do sistema político".

As organizações envolvidas acreditam que a consulta à população foi o primeiro passo desse processo, garantindo legitimidade à proposta com os quase 8 milhões de votos e as mais de 120 mil pessoas que se envolveram ao longo da semana da pátria. 

“Eu arrisco dizer que a maioria desses votos, diferente de outros plebiscitos populares, se deu no meio sindical e em locais de trabalho. Portanto, esse talvez seja o plebiscito que teve a maior participação da classe trabalhadora”, aponta Gebrim. 

Na sua avaliação, essa proposta, diferente de outras questões, não abre aliança com a classe dominante. Nesse sentido, o próximo passo decisivo é ganhar as ruas. Porém, a tarefa não será fácil. “Vamos ter que ir às ruas basicamente com a classe trabalhadora e seus aliados populares, e enfrentar a classe dominante como um todo”. 
Fonte:  Página do MST

JAQUES WAGNER DIZ QUE MATÉRIA DA VEJA FOI COMPRADA E REVELA QUE RUI COSTA EMPATOU COM PAULO SOUTO




Jaques Wagner esteve no “Balanço Geral” na manhã desta segunda-feira (22) para falar da polêmica reportagem da revista Veja, afirmando que o PT baiano teria desviado cerca de R$ 50 milhões de um programa habitacional.
A denúncia foi feita pela presidente do Instituto Brasil, Dalva Sele Paiva. Entre os apontados como envolvidas no esquema estão dirigentes locais e o candidato do PT ao governo estadual, Rui Costa, que recebiam entre R$ 3 mil e R$ 5 mil reais todo mês.
Para Wagner, “isso foi matéria comprada, alguém da oposição. Quem não tinha dinheiro pra pagar condomínio, de repente pagou de uma vez só 13 mil, 14 mil reais? Com certeza foi o dinheiro que ela recebeu pra fazer essa bombástica revelação”.
Seguindo: “Pra mim não passa de matéria requentada, porque está chegando o finalzinho da Eleição e tem gente ficando desesperada”.
Wagner ainda deu explicações sobre o processo da entrada da ONG de Dalva na administração pública.
“Das pessoas que estão sendo citadas, cada um tem que responder. Um deles já respondeu (Rui Costa) e abriu processo criminal contra ela. Ela tinha esse instituto há muito tempo – foi contratada em 2005 e prestava serviço já em 2006. Conseguiu um outro contato pra fazer casas populares e na segunda prestação de contas delas, o secretário Cícero veio a mim e disse que a prestação estava inconsistente e eu mandei romper o contrato. Rompemos o contrato, não pagamos e ela não tem esse negócio desde 2010”, disparou.
Jaques Wagner ainda falou sobre outros assuntos, como uma pesquisa que será divulgada nesta segunda e mostrará Rui Costa (PT) empatado com Paulo Souto (DEM) e Otto empatado com Geddel Vieira Lima.
FONTE: Varela Notícias

ll Feira da agricultura familiar em Serra Preta.

No ultimo sábado, foi realizado no distrito do Bravo a II Feira da Agricultura Familiar, onde foi comercializado vários produtos produzidos no próprio município.



 

 

Fotos da internet.